Vou recomeçar a dizer adeus, e hei de dizer tantos quantos conseguir
"Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus"
(faltam-me mais recados. falta-me a noção do estar de fora. falta-me a estupidez para prosseguir no silêncio dos momentos todos. falta-me entender que não há nada a dizer. falta-me o espaço reservado ao teu lado num camarote delicioso. falta-me a música preferida, a discussão. falta-me ser novamente uma caixa fechada, uma surpresa, um sorriso malicioso, as costas de costas para ti. falta-me sentir mais a dor dos dias para continuar a pensar onde estarás?!)
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus"
(faltam-me mais recados. falta-me a noção do estar de fora. falta-me a estupidez para prosseguir no silêncio dos momentos todos. falta-me entender que não há nada a dizer. falta-me o espaço reservado ao teu lado num camarote delicioso. falta-me a música preferida, a discussão. falta-me ser novamente uma caixa fechada, uma surpresa, um sorriso malicioso, as costas de costas para ti. falta-me sentir mais a dor dos dias para continuar a pensar onde estarás?!)
5/27/2008 01:04:00 da manhã
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