Sinto-me

"Ninguém consegue atar um trovão e ninguém consegue apropriar-se dos céus do outro no momento do abandono"

"Não parto tranquilo compadre. Vou-me como um triste pássaro cego, a esbarrar nas árvores enquanto a cabeça dele não pender de um ramo seco. Ajuda-me compadre!"

"Pela primeira vez se viu acossado pelo bichinho da solidão. Bicho astuto. Atento ao menor descuido para se apropriar da sua voz, condenando-o a longas conferencias órfãs de auditório."

(in "O velho que lia romances de amor", de Luís Sepúlveda)

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