De mãos dadas

Às vezes nem sei que diga. A vida dá voltas estranhas e quase demoniacas! Uns amigos não voltam e outros vão embora, a familia adoece, o trabalho espera novo contrato (que eu acredito piamente qual "Segredo" que vai acontecer), pessoas novas que nos metem a um canto só porque sim... Enfim, hoje é um dia daqueles em que sinto todas as coisas más a quererem saltar cá para fora.
Calo-me, concentro-me e tento dizer às pessoas que não é o melhor momento para falar em certas coisas. Desespero com a vontade de gritar no trânsito, expiro e inspiro mais vezes do que o normal, e acabo a tarde no Hotel do Bairro, no terraço a beber uma água fresca e um café. Eu e a minha mãe. Caladas as duas. Fazendo espera de cão de guarda aos maus humores para lhes ladrar duas ou tres vezes e os mandar embora.
Há coisas que só as pessoas que nos conhecem muito bem é que sabem calar e ouvir no nosso silêncio dizendo em pensamento: "está tudo bem"...

Dei a mão à minha mãe, vimos o por do sol e de seguida fomos juntas, como quando eu era pequenina, de mão dada para casa.

0 d´um raio:

Enviar um comentário