Sangue do meu sangue

Às vezes gostava de ser nada, ser apenas ninguém. Ou ser um pequeno detalhe no Universo (como se isso não fosse pedir muito!!). Detalhes...
Por vezes, gostava de não sentir o ar, de poder não respirar, só porque isso me cansa, e de não ver o meu sorriso lá longe em tempos remotos e que vêm de quando em vez.
O mundo está para ser calado, enquanto o meu corpo só pede para gritar. Gritar gritar... As minhas mãos serram-se, cheias de um ódio embriagado com vinho adocicado por palavras infiéis. A ferida dói, dói muito, magoa o sentimento que cresce em mim. De qualquer das formas trouxe um saco comigo no minuto em que vim ao Mundo, onde guardo tudo e sorrio, mesmo que de tempos a tempos.

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