Pessoas da minha vida

Achei e com razão que viria diferente, que viria outra gente e que não me voltaria a incomodar com determinadas situações. Sim, sinto-me mais do que o que fui, mas continuam-me a irritar determinadas pessoas e/ou situações.

Continuo a condenar a falta de iniciativa e o medo que as pessoas têm para se assumir como são! Não falo de orientações políticas, sexuais, religiosas e até coloco os "clubismos" à parte. Falo das pessoas e dos seus sentimentos! Acalento a esperança de que a raiva possa ser vista como raiva, do amor como amor, da infelicidade como infelicidade, da alegria como alegria, e por aí fora.


Fui, nos últimos dois dias, assaltada por um sentimento que detesto trazer dentro de mim, o arrependimento. Arrependi-me pois falei com quem não pensava falar, com quem não devia falar e com quem sei que as minhas palavras não fizeram o efeito por mim desejado. Melhor... Não sei, invento que sei, porque no fundo não conheço aquele de quem falo.


Há coisas que não se explicam, como o meu medo de dizer Adeus, por isso tento que não mo digam, já que eu não o digo há 16 anos. Foram-me dizendo Adeus em tantas ocasiões na minha vida, e eu não compreendia que há coisas que não mais do que ciclos, não são mais do que momentos que existem para nos moldar e nos tornar no que iremos ser um dia, já velhinhos e cheios de recordações...


Eu não sei se vou ter filhos, não sei se vou ter netos ou até alguma companhia para contar os Adeus da minha vida, mas entendo que devo passar a respeitar os momentos em que me dirigem essa palavra tão odiada por mim.
Agora aceito isso, calma e serena como não o fiz antes. Quem não se dá contigo, não quer dizer que não te mereça, quer tão simplesmente dizer que não quer. Ponto... Não me ocorre continuar a tentar dizer algo a pessoas que não querem a minha companhia, seja isso fruto do sentimento de cada qual. Todas as pessoas da minha vida que me desiludiram por eu achar que estavam a desistir de mim tiveram os seus motivos. Uns voltaram, outros não e outros, dir-me-à a vida um dia se voltarão ou não, eu gosto de acreditar que sim, porque tudo está bem quando acaba bem, se não está bem, é porque ainda não acabou!

1 d´um raio:

Anónimo disse...

Sempre o adeus...
Fere, magoa, entende-se como negativo, mas muitas vezes o adeus não se perde apenas nesse tempo com limite à vista...
Como disseste e muito bem, só existe adeus quando se esgotou a última das palavras, seja para o bem ou para o mal, mas especialmente quando acaba o essencial...a ESPERANÇA!
Porque afinal o que é o adeus?
Não será nunca nada mais que um grande até já disfarçado, sempre à espreita que um dia alguém escreva a próxima página.
Por isso, aqui fica um grande e sempre até já!
ATÉ JÁ!

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