Não queria, não queria mesmo, mas tenho que escrever e mexer nas coisas menos boas que me vão acontecendo pela vida fora. Não imagino o motivo daquilo que me aconteceu, nem porque o fiz. Todas as palavras e actos que fui atribuindo a mim própria não têm um mau estar como motivo, não têm um momento significativo que expliquem tudo o que foi dito ou feito. Simplesmente saltou cá para fora uma raiva imensa, um mau estar, uma pessoa menos boa que confesso não conhecer...
Teremos nós, seres humanos, uma mente inquieta dentro de cada um? Simplesmente à espera de m momento qualquer para saltar cá para fora?

E se nos dermos conta de que toda a vida que conhecíamos se desvaneceu por nossa culpa, que as pessoas que conhecíamos se tornaram simples desconhecidos a quem nós queremos dizer que temos saudades e não conseguimos?! De verdade, e com verdade, que penso ser uma sortuda por tudo o que me tem acontecido na vida, independentemente de não o aceitar para mim própria e gostar de viver de tristeza. De verdade que sei ser fácil abandonar certos ritmos de vida e acentar. Não depender da acção para me sentir viva. Posso estar parada, quieta, escutando o barulho do silêncio, evitando as memórias e os momentos saudosistas e preparar o que aí vem.

Tenho certos sonhos, sonhos que quero por em prática. Um deles, bom, um deles é voltar a ser em diversos pedacinhos a "miúda" que era antigamente, e obrigar-me a ficar. A ficar mais tempo ao lado dos que gostam de mim. Abandonar as desculpas, porque viver cansa, e agir para nos magoarmos a nós próprios também satura!

Hei... Tira férias do ti de hoje, vai ter com quem eras, com quem és e relembra-te de como é fácil sorrir e ser feliz! ;)