Be still by heart

Há dias mais difíceis de passar que outros. Uns são cheios de coisas positivas e são aqueles em que levamos quase 24 horas a rir, outros há em que uma memória pequenina nos vai corroendo. E com o passar do tempo deixamos que essas memórias pequeninas se desvaneçam ou pelo contrário se tornem mais fortes e cheias de força, o que nos passa a atormentar o espírito de alguma forma mais forte do que antigamente.
No outro dia fiz um caminho pelas estradas antigas de Lisboa, que fiz tantas vezes no passado... Naquele momento não me ocorreu mais nada a não ser que tinha saudades, mas com o passar do tempo fui-me dando conta que tenho saudades especificas, e que já passei por tanto fazendo aquele caminho... Caminhando para a Graça. Já ri tanto, já amei, já chorei, já escrevi, já senti o peso da solidão, já dei graças por estar sozinha, já me arrependi, já senti frio no estômago e pensei para mim ser por estar com "aquela" pessoa...
O Miradouro da Graça deve ter este efeito em muitas pessoas, mas em mim sou eu só que o sinto... Não conto a ninguém que já fiz muitos kms para ali chegar e me sentar a observar o que os olhos quase já nem conseguem ver, lá muito longe! Ouvem-se línguas pela esplanada da graça, música tão variada como as caras que fui vendo ao longo de tanto tempo e por me lembrar de todos estes momentos, eu que sou uma saudosista, não poderia deixar de por em letras o sentimento que mais me aquece e mais me destroi, a saudade. Tudo isto para dizer be still my heart, és só tu com pedacinhos muito vagos do que já passaste por um lugar que te é querido e te recorda de tanta coisa. É bom sentir sem saber explicar, é bom não nos escondermos dos sítios que nos são queridos e no fundo, é sinal de que estou viva!

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