Dei por mim a descobrir o porquê de algumas coisas que sinto já há algum tempo. Sempre acreditei no amor, na busca eterna "do" sentimento. Achei que o teria encontrado... Acho que o encontrei até, de várias formas. Nas paixões da minha vida, dos amores e até nos desamores se encerra a minha busca "do" amor.

Interessante é, que o passado nos deixa por vezes marcas profundas e que jamais se separam de nós, embora as pessoas já o tenham feito muito tempo antes. Escolhemos, quando nos separamos de algo ou alguém, caminhos diferentes, que não só nos afastam fisicamente das coisas/pessoas, como nos transformam e transformam a separação num grande vale... Por vezes, esse vale é feito de flores e de coisas boas. De um verde, cheio de árvores, passarinhos e serenidade. Outras vezes há (no meu caso muito poucas, porque gosto do bem), em que as coisas/pessoas não ficam com nada de perfumado pelo caminho. Separam-se, afastam-se e é assim.

Concluo com o passar dos dias, dos meses e dos anos por mim, que prefiro as árvores, o perfume das flores e o canto dos passarinhos. Apesar de poder ter jardins ao meu redor que não frequento, prefiro ser serena com tudo o que me envolveu um dia e que me fez sentir apaixonada.

Tento, continuo a tentar viver apaixonada... Pelas pessoas, pela música, pelas vozes na minha cabeça, pelos animais que tenho, pelos meus vícios, pelas pessoas que passaram, pela dança que tenho no corpo, pela junção de letrinhas que juntas formam textos, pelos amigos (distantes ou não), pelas sensações que os cheiros me ditam, por tudo... Tento e volto a tentar, porque quero ser uma pessoa melhor do que sou hoje! Sei que já o fui e sei que essa mesma pessoa existe. Só está cansada, um pouco desnorteada e vai reaparecer muito mais bonita do que já foi um dia.

Se eu não me acarinhar quem o fará?! Se eu não lutar pelos outros quem lutará por mim?! Se eu não tentar ver mais além, quem conseguirá?!

Poderá a ciência explicar isto das paixões, das minhas paixões eternas?!