Dois amantes

"Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
Deixam andando duas sombras que se reuném,
deixam um só Sol vazio numa cama...

De todas as verdades escolheram o dia ...
Não se ataram com fios, senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras ...

A ventura é uma torre transparente ...

O ar, o vinho vão como dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
têm direito a todos os cravos...

Dois amantes felizes não têm  fim nem morte, nascem  e morrem muitas vezes enquanto vivem...

Tem da natureza a eternidade ... "

(Pablo Neruda)

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