O fim, numa manhã de domingo
Nunca conseguiu expressar de verdade o que sentia naqueles dias, arranhava uma palavra aqui, uma lágrima ali, um sorriso triste, descabido e incompreensível. Mas dizer mesmo o que sentia nunca conseguiu. Teve medo...
No início, naquela manhã de domingo, escutou um som habitual. Não fez caso. Abriu todas as janelas que podia, desesperada e aflita por ver algum possível raio de sol, algum passarinho ou qualquer outra coisa que a fizesse voar. Pelo menos em pensamento para longe de espessuras de pena, tabela de cores e forros de fibra natural. Mas não viu nada, a rua continuava calma.
O som permanecia lá, cada vez mais próximo e mais alto, o coração a bater bem forte, a angustia a gritar mais alto e a boca cerrada, calada sem pronunciar nada. Sentiu uma lágrima escorrer pelo canto do olho, o coração apertou e quando vencida pelo cansaço deixou finalmente as incertezas saltarem para fora de si própria. Tinha medo... Tanto medo...
Permaneceu naquele quarto o dia inteiro. Sempre em manobras de coragem para falar, para seguir em frente. Não conseguiu, e naquele dia perdeu tudo o que sempre almejara. O sentido da sua vida fora embora, e agora, hoje, com a verdade no seu peito, sente a saudade de quem foi condenada à maior pena, à pena de morte. A sua morte! Estará a morrer algures no Mundo, sem saber se algum dia será lembrada com saudade e ansiedade, com loucura e do mesmo modo que desejara sempre, como alguém simplesmente especial.
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